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quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Buenos Aires: Dia 1. Microcentro, San Telmo e La Boca

Um ícone de Buenos Aires: o obelisco!
Chegamos tarde da noite na cidade de Buenos Aires. Nosso voo da Turkish Airlines atrasou quase 1 hora e ficamos sem o traslado que haviamos contratado. Então, pegamos um táxi do aeroporto mesmo até nosso hotel, que ficava no centro. Fica a dica: mesmo que seu voo chegue muito tarde a Buenos Aires, não precisa ter medo de não achar condução para a cidade e ficar reservando traslado. Nós fizemos isso porque muitas pessoas nos alertaram contra táxis de Buenos Aires que dão notas de dinheiro falas como troco, que deveríamos procurar apenas táxis de empresas, nunca os independentes, e tivemos medo de não achar nenhum confiável no areroporto. Mas náo há problema. Tem várias empresas de táxi na saída do aeroporto. Pode sair pelo portão normalmente e contratar a que possui um stand logo na saída. Tem empresas que ficam do lado de dentro, mas nós imaginamos logo que fossem mais caras.

Nosso hotel era o Rochester Concept, bem no centro da cidade. Chegando lá, desmaiamos de tão cansados.

Ficamos hospedados na região conhecida como Microcentro, perto do obelisco, e esta foi a primeira atração turística que avistamos. O lugar compreende tanto ruas agitadas e meio sujas com muito comércio e lojas de todos os tipos (é onde fica a famosa Rua Florida) até avenidas largas com edifícios monumentais. No primeiro dia, debaixo de um sol impiedoso, saímos para explorar a área.

O centro da cidade lembra um pouco São Paulo, mas tem muito mais influência arquitetônica francesa.

Vê-se muitas dessas pequenas torres nos edifícios pelo centro mais antigo, além de telhados do tipo mansarda.
Andando pelas ruas do centro, logo caímos na Plaza 25 de Mayo, onde se encontra a Casa Rosada, sede do governo do país. Uma "lenda" diz que ela é rosada por ter sido pintada com uma mistura de sangue de boi (eca!) e cal. Mas outra história diz que a cor rosa é o resultado da união de dois partidos locais, cujas cores eram o vermelho e o branco.

Praça com vista para a Casa Rosada.

A Casa Rosada, que no momento é a residência da presidente Cristina Kirchner.
Mais uma das vistas da praça.
Obelisco que marca a segunda fundação da cidade.
Na praça há um monumento aos soldados mortos na guerra das Malvinas contra a Inglaterra.
Saindo de lá, resolvemos cruzar o bairro de San Telmo em direção a La Boca.

Faculdade de Engenharia de Buenos Aires.
Aproveitamos para andar no Parque Lezama. Olha o tamanho dessa árvore.
Uma escultura curiosa dentro do Parque Lezama. Infelizmente, vandalizada.
Antigas construções em San Telmo.
San Telmo também lembra um pouco o centro de São Paulo. Tem praças, grandes edifícios, monumentos e igrejas bem legais, mas algumas coisas não estão muito bem conservadas. Se você está com pouco tempo, não curte andar longas distâncias a pé e só quer mesmo dar uma boa olhada no Caminito, é melhor pegar um ônibus até lá. Mas nós preferimos, como (quase) sempre, fazer o trajeto todo a pé e experimentar a atmosfera verdadeira da cidade. Que é um lugar de contrastes como a nossa própria: tem luxo e lixo na mesma medida, modernidade e história lado a lado, orgulho nacional e, em alguns momentos, descaso.

Conforme andávamos mais em direção a La Boca, a cidade ficava mais suja e pobre. Afinal, La Boca já foi a área mais humilde de Buenos Aires, e antes de chegar ao Caminito vemos casas antigas onde parece morar muita gente junta, cães nas ruas e uma vida aparentemente tranquila. Caminito em si é o nome de uma rua, e hoje abarca um conjunto de ruas em La Boca. É conhecido por sua história de imigrantes europeus que chegavam aqui e improvisavam suas casas com os materiais mais inusitados. Chapas de zinco formaram as paredes dos barracões e as tintas que sobravam dos barcos no porto foram suas cores. Por isso, o local ficou conhecido como pitoresco e colorido. Hoje os "conventillos", ou cortiços do local, abrigam lojas de arte e lembrancinhas e restaurantes, e tudo está mais colorido do que nunca. A área tornou-se 100% turística. Em cada esquina há um casal de artistas dançando tango ou a tradicional dança gaúcha.
O Caminito é uma região muito colorida e inteiramente turística.
Vários restaurantes com show de tango para turista ver!
Chapas de zinco e muita cor por aqui.
Tudo por aqui tem esse visual.
Várias placas como esta mostram os principais pontos turísticos da região.
Acabamos almoçando por lá mesmo. Na verdade, saímos e tentamos procurar uma tal de rua Necochea, que nosso guia indicava como local de restaurantes mais acessíveis. Mas a paisagem, indo em direção ao porto, parecia cada vez menos promissora. Até que um habitante nos abordou, perguntou o que procurávamos, dissemos que queríamos comer e ele avisou que era melhor voltarmos para o Caminito. Porque a área seguinte, segundo ele, era "mui peligrosa". Seguimos o conselho. Sério, o lugar realmente tava dando um certo medo.

Depois de almoçarmos num restaurante do Caminito onde o casal que dançava tango eram brasileiros do Rio Grande do Sul, resolvemos voltar à nossa região. Passamos em frente à Igreja Ortodoxa Russa, que é muito bonita e exótica. Uma pena que estava fechada.

Igreja Ortodoxa Russa perto do Parque Lezama.

Fachada da igreja.
No caminho, algumas surpresas como este belo grafite.
Mais tarde, chegando à região de nosso hotel, visitamos a Calle Florida. Lá tem a belíssima Galeria Pacífico, que é um pequeno shopping de arquitetura caprichada. Lá, comemos um gostoso hambúrguer vegetariano. Sim... nessa viagem, não falaremos sobre as delícias do churrasco argentino, porque não é para nós. Mas saibam que a cidade reserva outros prazeres a seus visitantes. Inclusive os vegetarianos!

Calle Florida e a fachada da Galeria Pacífico.
Painéis de diferentes artistas no teto da galeria fazem-na lembrar uma catedral. Alguns interessantes... outros, nem tanto.
Nosso hambúrguer vegetariano, feito de múltiplos grãos. E não é que era bom?
Depois disso, voltamos ao hotel e, novamente, desmaiamos de cansaço. Apesar da nossa vontade de andar, o sol havia nos castigado o dia inteiro e o deslocamento de poucos quilômetros simplesmente ACABOU com a gente. Mas amanhã tem mais.

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