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quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Buenos Aires: Dia 2. Retiro, Recoleta e Palermo

Indo para o norte!
Nosso segundo dia em Buenos Aires. O calor continuava infernal! Decidimos fazer o caminho contrário do que fizemos ontem e fomos em direção ao norte da cidade, visitar os bairros "chiques".

Porta maravilhosa do Centro Naval, ainda no Microcentro.
Detalhe da porta do Centro Naval.
Andamos em direção ä Plaza de San Martín. Uma região muito bonita e bem cuidada, com forte influência europeia nos edifícios em volta da praça.

Escultura na Plaza de San Martín.
Monumento ao General José de San Martín, um dos líderes da Indepedência Argentina.
Encontramos lá o Edifício Kavanagh, que já foi o prédio mais alto da América do Sul e o maior em concreto armado. Ele foi concluído em 1935 e financiado pela irlandesa Corina Kavanagh.

Edifício Kavanagh. Lembra nosso Banespão.
Mais uma vista do Kavanagh a partir da Plaza de San Martín.
Seguindo um pouco mais para a frente, há um monumento aos mortos da Guerra das Malvinas. Neste monumento ficam 2 soldados fazendo guarda em frente aos nomes de todos os que morreram durante o conflito. Ficamos morrendo de pena dos dois, usando uniformes pesados debaixo daquele sol.

Soldados reais guardam o monumento a Los Caídos en Malvinas.
Torre de los Ingleses.
O mais irônico de tudo isso é que a Torre de los Ingleses fica em frente ao monumento das Malvinas...
Ainda há um estranhamento entre as duas nações sobre a questão das Ilhas Malvinas. Então, hoje, muita gente prefere chamar o edifício de Torre Monumental.

Estação de trem de Buenos Aires.
Já estávamos no bairro do Retiro. Continuando nosso passeio, passamos pela estação central de trem de Buenos Aires, a Retiro Mitre. É daqui que saem os trens para várias cidades por toda a Argentina. Foi inaugurada em 1915 e, na época, foi considerada uma das maiores estações do mundo. A arquitetura é muito bonita.

Interior da Estación Retiro Mitre.
Plataforma dos trens.
Detalhe da arquitetura da estação.
Agora, entrávamos no bairro da Recoleta. O padrão econômico da região é maior, como se pode ver pelas fotos. Só tem avenida larga e prédio enorme e bonitão. Logo que encontramos uma praça bem verdinha, deitamos para descansar, porque o sol não perdoava.

Edifícios de alto padrão no bairro da Recoleta. Vista da Av. del Libertador.
"Passeador" de cães.
Uma coisa muito comum pela cidade é ver uma pessoa levando vários cachorros para passear. Vários mesmo. É uma profissão séria por aqui. As pessoas não têm tempo de andar com seus cães e contratam estes profissionais, que vão com uma leva de cachorros de uma só vez. Na foto acima, achamos que são 11...

Igreja de Nuestra Señora del Pilar em Recoleta.
Detalhes do altar da mesma igreja.
Recoleta deve seu nome aos monges franciscanos "recoletos"(reclusos) que se instalaram na região no século XVIII. Eles fundaram um convento e a Igreja de Nuestra Señora del Pilar, cuja construção foi concluída em 1732.

É aqui que fica o Cemiterio de la Recoleta, onde Evita Peron foi enterrada. Até queríamos caçar o túmulo da moça, mas o dia estava tão quente e nós, tão cansados que acabamos não procurando por ele. Fica para a próxima vez!

Estavam à venda mapas das ruas do cemitério com as localizações dos túmulos dos mortos mais célebres, mas os vendedores só aceitavam pagamento em dinheiro, então não pudemos comprar, porque no dia anterior já tínhamos gastado quase a metade do dinheiro vivo que trouxéramos - boa parte só no restaurante do Caminito, onde não sai barato comer. Aliás, fique de olho: muitos estabelecimentos comerciais em Buenos Aires não estão aceitando cartão de crédito, só dólar ou peso. Isso inclui lojas, mercados e restaurantes. Não sabemos a razão. Por causa disso não conseguimos comprar lanches para substituir o almoço e tivemos que escolher nesse dia um lugar que aceitasse nosso cartão. Então, antes de escolher onde almoçar, pergunte que tipo de pagamento o lugar aceita. Ou leve MUITO dinheiro.

Entrada do Cemiterio de la Recoleta.
O cemitério tem lápides com diversos estilos artísticos.
Essas esculturas são muito comuns por todo o cemitério.
Cansados e com fome, resolvemos fazer uma pausa. Perto do cemitério existem vários restaurantes e resolvemos dar uma chance para o Punta Recoleta.

Recomendamos este restaurante.
O lugar era adoravelmente cafona, a comida era ótima e os garçons, muito simpáticos. Um deles era até brasileiro! Aliás, o que mais tem nesta cidade é brasileiro. Nem parece que estamos em outro país. Quando visitamos cidades europeias, a primeira reação dos brasileiros ao ouvir gente de sua terra falando é parar para conversar como se fossem velhos amigos. Todo mundo adora viajar, mas dá saudade de casa e de ouvir conversas inteligíveis. Aqui, não. Buenos Aires é uma filial do Brasil. Os brazucas se esbarram o tempo todo e nem ligam. E os argentinos são muito parecidos com nossa gente: simpáticos, falantes e amantes do futebol. Qualquer conversa já resulta num: "Qual é o seu time?", normalmente seguindo de: "É o Corinhtians?".

Cogumelos, muito queijo e uma salada verde para completar!
Brindando neste dia 10 anos juntos!
Aliás, não avisamos, mas fizemos esta viagem para comemorar 10 anos juntos. O aniversário foi exatamente neste dia, então queríamos mesmo um almocinho especial. Parabéns pra nós.

Após o almoço, continuamos pela Recoleta em direção aos bairros de Palermo e Belgrano. Uma região moderna e muito verde.

Um pequeno shopping no meio do caminho. Não entramos, mas parece legal.
Plaza Francia. Monumento dado de presente pelos franceses aos Argentinos em 1910.
Museu Nacional de Bellas Artes. Com exposição de Caravaggio rolando. E a gente com tempo e dinheiro contados... tsc.
Seguindo ainda pela Av. del Libertador.
Biblioteca Nacional. Levou 30 anos para ficar pronta e é um exemplo de arquitetura brutalista.
A Argentina recebeu imigrantes do mundo todo nos séculos XIX e XX. E aqui encontramos vários monumentos e parques dedicadas a algumas nacionalidades.

Monumento aos alemães que se instalaram em Buenos Aires.
Detalhes do monumento.
Visitamos também o Jardín Japones, que tem entrada paga, mas vale muito a pena.
Canteiros do Jardín Japones.
Laguinho com pontes e rochas ornamentais.

O contraste entre os jardins e os altos prédios de Palermo.
Gracinha de cascata, não?
Estávamos perto do Zoológico de Buenos Aires. Por causa do horário, ele estava quase fechando e não deu para fazer uma visita. Mas a região é muito bonita e arborizada e vale o passeio mesmo se você não for entrar em lugar algum.

Atrás desse muro de árvores fica o Zoo.
Monumento aos espanhóis.
Antes de voltar ao hotel, fizemos uma breve visita ao Jardín Botánico, que é aberto e fica perto da Plaza Itália. Demos uma rápida volta por lá, interagindo com os gatos que moram no local. Depois, tamanho era o cansaço, resolvemos voltar de metrô. O metrô de Buenos Aires tem boas linhas, mas, estranhamente, nenhuma delas leva à parte da cidade onde fica o Caminito. Tivemos a sensação de que o metrô só serve o centro e a área nobre da cidade.

Espelho d'água no Jardín Botánico.
Um dos cafés mais antigos e tradicionais de Buenos Aires.
Depois de voltar ao hotel e tomarmos um banho, resolvemos terminar o dia indo ao Café Tortoni, inaugurado em 1858 na Avenida de Mayo - pertinho do nosso hotel. Aqui, são apresentados shows de tango, mas nós queríamos apenas conhecer o lugar e jantar.

Decoração típica de 155 anos atrás!
Nós dois depois de comermos um quiche e uma pizzeta. Foto: cortesia do garçom.
E amanhã, infelizmente, é nosso último dia... Melhor aproveitarmos bem!

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