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quarta-feira, 7 de abril de 2010

Roma: dia 4. Vaticano e Parco Appia Antica.

Dia 6 de abril de 2010.

Na parte da manhã, pegamos o metrô e fomos direto para o outro lado do Tibre ver o museu, sem paradas dessa vez. A fila? Gigante, claro! Roma lota na época da Páscoa, parece que todos os europeus decidem tirar férias nesse período e conferir o mocó do papa. Se você for visitar a cidade em outra época do ano, é possível que não passe por isso. Mas decidimos encarar a parada... por duas horas. Vários guias  freelancers tentavam vender seus serviços aos turistas e diziam que a gente não precisava pegar aquela fila, porque eles tinham algum "esquema" com o museu. Não tínhamos certeza de que falavam a verdade, por isso decidimos não arriscar e ficamos ali mesmo. Se alguém aí contratou esses guias, conte suas experiências nos comentarios, OK?
Duas horas na fila? Nunca mais!

Depois de muito driblar turistas francesas furadoras de fila, conseguimos entrar e ver que... a coleção de arte do Vaticano é imensa! Há muitas esculturas gregas e romanas nos salões iniciais, lindíssimas, e logo a seguir vem a ala da arte egípcia. É arte sacra de todas as épocas e para todos os gostos. O próprio edifício do museu é um show à parte, por dentro e por fora.

Fachada do pátio de entrada do museu. A pinha gigante aí é do Michelangelo.

O corredor das divindades gregas.
Sarcófagos egípcios.

A escada que dá para a saída do museu: uma obra de arte para pisar...


Vários corredores, salas adornadas do chão ao teto, esculturas, quadros e outros artefatos, já estávamos saturados, com os olhos cheios de história e muita informação quicando na cabeça. Mal conseguimos apreciar direito a atração principal, lá no final da rodada: a Capela Sistina! As pinturas de Michelangelo são incríveis, mas a penumbra que se mantém lá dentro e os seguranças que ralhavam a todo momento com as fotos (que são proibidas) contribuíram pra nos bodear. Depois de tantas horas, só queríamos tombar em algum lugar e hibernar... mas só paramos pra comer! Ainda tínhamos muita Roma para ver.


Almoçados, decidimos ir ao Parco Via Appia Antica. Esse parque é uma fascinante mistura de passeio bucólico entre árvores e sítio arqueológico. Como um Ibirapuera com resquícios de quase 2 mil anos! Percorrendo seus caminhos de terra, vendo a cidade ao longe, nos sentimos como soldados em campanha. A melhor forma de curtir ao máximo as atrações do lugar é pegar um Archeobus, que te leva e traz de volta sem erro. Mas, como os teimosos aqui gostam de fazer tudo a pé e por conta própria, saímos na estação de metrô Colli Albani e entramos no parque pela Via Latina. Esta parte não contém as principais atrações, mas é muito bonita mesmo assim.

Achamos que isso era algum tipo de antigo posto de fronteira usado por soldados, mas vai saber...


Procurando a parte antica, vimos diversas ruínas interessantes, mas não achamos o principal, que incluía catacumbas (o passeio guiado permite entrar nos subterrâneos) e até um aqueduto. Mas, como era de se esperar, a gente se perdeu no parque, a noite já ia caindo e lá não havia nenhuma iluminação... No meio do mato, naquela escuridão, acabamos encontrando uma saída que dava em uma via estranhíssima, vazia, cheia de vilas com aspecto abandonado. Onde fomos parar? Na própria Via Appia, uma autoestrada onde os carros aceleram alucinadamente. Exceto pelos carros, parecia o cenário de um terror western, se é que isso existe: casas antigas, decadentes, com pouca ou nenhuma luz, terrenos baldios, nenhum pedestre nas calçadas... Escuro demais até para bater fotos. E, por falar em calçada, ela simplesmente acabou ao chegarmos a um túnel. Não tínhamos mais para onde ir! Resolvemos retroceder até encontrar um ponto de ônibus, onde (ufa!) pegamos o primeiro que passou, confiando que em algum momento ele deveria passar em algum lugar conhecido.

Descemos diante de uma das portas da cidade, junto à Basilica di San Giovanni in Laterano, achamos um metrô e voltamos para o hotel suspirando de alívio. Uma pena que não conseguimos ver a verdadeira Appia Antica, mas a caminhada natureba foi boa e acrescentou variedade à viagem. Tirando o parque, aquela não é uma região turística, então andar por ali nos deu uma noção de como é viver em um bairro residencial romano, com prédios modestos e simpáticos, farmácias, óticas, mercadinhos e outras coisas "não turísticas". A sensação de fazer parte da cidade, ainda que por poucos instantes, é muito boa.

Então, só pra enfatizar, pegue o Archeobus para a Appia Antica, OK?

Porta de San Giovanni.

terça-feira, 6 de abril de 2010

Roma: Dia 3. Cruzando a cidade

Dia 5 de abril de 2010.

Acordamos cedo e vimos que o clima estava melhor que no dia anterior. Não chovia e em alguns momentos fazia sol. Tomamos um café da manhã reforçado e até exageramos no chocolate (o hotel colocara no buffet um gigantesco ovo de Páscoa quebrado em pedações para os hóspedes se servirem à vontade, e nós não fizemos cerimônia). Resolvemos ir ao Vaticano - a pé.

Mapa da cidade na mão, descemos de novo na estação Colosseo. Mas isso fica perto do Vaticano? Não, são uns 4 ou 5 km Mas vai vendo. Antigamente, diziam que todas as estradas levam a Roma. Bem, em Roma, parece que todas as estradas levam ao Coliseu. O bicho domina a paisagem, é ponto de convergência de várias vias importantes e começar um passeio nessa área, em direção a qualquer canto da cidade, é garantia de um trajeto recheado de beleza e história. Faça o passeio a pé, você não vai se arrepender - e seus álbuns de fotos agradecerão. ;-)

Coliseu, o Anfiteatro Flaviano, nosso ponto de partida... de novo! :)


Seguimos pela Via del Fagutale, onde encontramos uma pequena igreja que nos chamou a atenção por ter uma placa escrita em alfabeto cirílico. Era a igreja Santi Sergio e Bacco, que desde 1970 é a igreja dos ucranianos em Roma. Peraí... São Bacco? Bem pagão.

Andamos até a Rua Cavour e conseguimos ver ao longe parte de outra igreja - é o que mais se vê em Roma. Essa imponente construção era a Basílica di Santa Maria Maggiore. Foi iniciada no século V e sofreu várias reformas através dos séculos. Seu exterior recebeu influências arquitetônicas de diferentes momentos na história. Em seu interior, vemos o teto ricamente ornado em ouro trazido das Américas na primeira expedição de Cristóvão Colombo.

Aqui você pode se confessar em várias línguas, que tudo!!!
Continuamos nosso passeio pela Via Agostino Depretis, que nos levou até o cruzamento da igreja San Carlo alle Quattro Fontane, que toma seu nome das quatro fontes nas esquinas. É um bonito exemplo de arte barroca.



Na mesma rua, chegamos à Via del Tritone. Naquele momento vimos em nosso mapa que estávamos perto da famosa Fontana de Trevi e nos desviamos para lá. Quem estava com pressa de ver o Vaticano? Mas, chegando ali, a área parecia mais lotada que a Parada Gay e mal conseguiamos ver a fonte. Saca a multidão:

E o lugar é impressionante mesmo. Mostra Netuno rodeado por um séquito de tritões tentando controlar cavalos que representam as águas vindas do aqueduto. Mesmo lotado, vale a visita.

Dizem que, jogando uma moeda na fonte, o turista algum dia retorna a Roma. Nós não jogamos coisa alguma... do jeito que somos sovinas, preferimos guardar essa moeda para juntar dinheiro novamente e fazer outra viagem à cidade eterna! :)

Andamos pela Via del Corso e atravessamos a Ponte Cavour sobre o Rio Tibre, que os romanos chamam de Tevere. Do outro lado, passamos pelo impressionante Palazzo de Giutizia, o supremo tribunal romano, e o Castel Sant'Angelo, iniciado pelo imperador Adriano e usado como fortaleza papal na Idade Média. Hoje, é um museu. Diante desses edifícios uma feira se estendia, com barracas oferecendo desde lanches até roupas e acessórios, e aproveitamos para comer uns sanduíches de queijo. Logo adiante estava o Vaticano! Mas a fila para visitar a Basilica di San Pietro rivalizava com a multidão que há pouco enfrentáramos na Fontana e desistimos de esperar horas para conhecer seu interior. Mas mesmo por fora o templo é uma visão belíssima e recompensadora, até para visitantes não-cristãos como nós. ;-)

Isto é fila que se apresente? O que esse povo todo tá fazendo aqui em plena segunda-feira?!
Para não perder viagem, resolvemos ir até os Musei Vaticani, ali do lado - mas o lugar já estava fechado! Fica a dica: para visitar o museu e a célebre Capela Sistina, contígua a ele, chegue antes das 16 horas. Ainda ficamos uns 15 minutos debaixo da garoa que acabara de começar batendo papo com uma jovem americana que, assim como nós, dera com os burros n'água.

E como final de tarde em Roma para nós era hora do almoço, comemos alguns panini, bebemos água e já estávamos prontos para mais caminhadas. Acredite, fazer Roma a pé compensa. Claro que você não poderá ir a todos os lugares a pé (ilustraremos isso em um futuro post), mas caminhar até os pontos turísticos vale a pena, pois no caminho entre uma atração e outra você passará por delícias visuais inesperadas. Roma é uma cidade de pequenas e grandes surpresas, onde você pode virar uma esquina e dar de cara com uma simpática viela de sobrados com flores nas janelas e lambretas estacionadas diante de cantinas, bancas de frutas, comidas e bugigangas mil, pequenas fontes ocultas em becos, esplêndidas igrejas de toda as épocas e até restos da glória de uma pagã. Experiências inesquecíveis.

Atravessamos de novo o Tibre para ver mais Roma!

Vendo esta foto do Tibre, temos que fazer uma crítica a nós, brasileiros, principalmente aos paulistanos: não há na cidade de São Paulo rios "vivos". Ou estão poluídos ou aterrados, contornados por vias expressas que proíbem aos pedestres andar no seu entorno. Nossos avós chegaram a nadar no Tietê em plena Sampa, mas nossa geração sequer tem o direito a uma caminhada prazerosa ao longo do rio. Mas ainda sonhamos com um Tietê limpo onde, quem sabe, possamos até mergulhar. :-)

Claro que o Tevere não é 100%. Tivemos a triste oportunidade de ver um rola-rola de garrafas PET e outras tranqueiras que o povo joga na água e que viram a festa das gaivotas. O rio não é fedorento, o que leva a crer que pelo menos não recebe dejetos dos esgotos romanos. Mas gente tosca existe em toda parte. :-(

Deixando chatices de lado: andamos sem destino (melhor coisa para quem quer se sentir "parte" da cidade e não um turista comum) e, depois de um tempo, chegamos à Piazza Navona. Infelizmente, a fonte principal da praça

Só conseguimos tirar esta foto.
estava em reforma. Tapumes a escondiam e pequenas janelas foram feitas neles para que os turistas pudessem vislumbrar um pouco das suas estátuas.


Outra reforma nos impediu de ver mais uma atração: o Panteon. Uma das mais antigas edificações da Antiguidade ainda de pé, o templo de todos os deuses estava com sua fachada parcialmente escondida sob andaimes. O interior fica pra próxima! Estamos quase acreditando que deveríamos ter jogado aquela moeda na Fontana de Trevi :-S



Já ia anoitecendo e resolvemos terminar o passeio do dia na Piazza di Spagna. Dica: a não ser que você queira uma rosa, não dê atenção aos vendedores de flores que ocupam a área. Se você fizer qualquer contato visual, eles insistem até fazer a venda. Que praga! Por mais que a gente diga que não quer comprar nada, eles te seguem e continuam a oferecer seus produtos. Um vendedor chegou a dar uma rosa "de graça", saímos andando com ela na mão e o esperto foi atrás elogiando e pedindo uma "contribuição". Devolvemos a flor e ele saiu de cara feia, puto da vida. Depois, conseguimos desfrutar dessa praça cuja escalinata leva até a igreja de Trinità dei Monti. E é com a vista que tivemos lá do topo que encerramos este post. Até a próxima!


segunda-feira, 5 de abril de 2010

Roma: Dia 2. Coliseu, Palatino, Via dei Fori Imperiali e bananas

Era dia 4 de abril de 2010. Saímos bem cedo do hotel e fomos até o metrô Bologna.
Depois das dificuldades da noite anterior, nós agora estávamos começando a aproveitar a viagem.
Pegamos o metrô até a estação Colosseo. Quando saímos, sentimos o choque de quase 2 mil anos de história. É impressionante sair de uma estação moderna e dar de cara com uma ruína colossal como o Coliseu (desculpem a redundância, heheheh).
Foi muito emocionante ver o cartão postal de Roma ali na nossa frente e imaginar como ele deve ter sido em seu auge.

Algo que nós fizemos sem saber e deu muito certo foi comprar ingressos para a entrada no Coliseu sem pegar filas.
E aí você me pergunta: Como não pegar fila em Roma justamente no dia do feriado de Páscoa?
Simples: compre a entrada para o Coliseu na entrada do Palatino, o museu a céu aberto na colina homônima. Como as pessoas vão direto ao Coliseu ao sair do metrô, forma-se uma enorme fila na entrada para o anfiteatro. Mas, se for direto ao Palatino, você consegue comprar um ingresso que vale para o Coliseu + Palatino + Museu Capitolino. Mas essa dica só vale se você for cedo, porque depois das 10 horas a fila fica grande na entrada do Palatino também.

Palatino

Então, já que estávamos no Palatino, resolvemos fazer esse passeio antes. Aqui ficavam templos, fóruns e casas de diversos figurões.
É incrível andar numa das famosas sete colinas, onde estão as ruínas do outrora grande Império Romano. E saber que os imperadores governaram o destino da Europa naquela pequena região no centro da cidade dá uma sensação de poder vivenciar a história daqueles que vieram antes de nós.
Mas melhor que descrever é mostrar as fotos.


Neste dia, o céu estava nublado, gelado e em vários momentos choveu. Mesmo assim, não desanimamos e andamos por todo o museu. Não chegamos a ver o Museu Capitolino, porque a fila na entrada já estava desencorajadora. Resolvemos voltar para a entrada do Coliseu.
O Coliseu estava bem cheio, mas foi ótimo andar pelas arquibancadas deste que é o mais famoso entre os anfiteatros da Antiguidade. Lá havia uma belíssima exposição de trajes de gladiadores, mostrando as várias classes desses lutadores, e ainda objetos do cotidiano perdidos pelo público dos espetáculos sangrentos, como moedas e grampos de cabelo. Tudo tão antigo!



Durante séculos, o lugar foi depredado e seu mármore foi "emprestado" para a construção de outros monumentos e edificios durante a Idade Média. Mesmo assim, o Colosseo, como os italianos o chamam, continua impressionante.

Saindo de lá, andamos um pouco pelas ruas, inclusive pela Via dei Fori Imperiali (Via dos Fóruns Imperiais), avenida construída por Mussolini para ligar o Coliseu à Piazza Venezia e que oferece belos passeios para os pedestres, com estátuas de imperadores e sítios arqueológicos ao redor. Numa tentadora loja de lembranças, compramos um livrinho com reconstituições em 3D das principais ruínas da cidade. Um livro de capa dura, todo ilustrado, colorido e até traduzido para o português custa menos do que um bom risotto: na Europa, cultura é mais barata que comida. E, já que o papo é comida, escolhemos um restaurante bacaninha para jantar direito - afinal, nossa vontade de andar e ver tudo fora tanta que nosso almoço não passara de uma penca de bananas às 5 da tarde. As bancas de frutas são uma constante na cidade, ótima opção de lanchinho pra quem não quer perder um só minuto sentado e tem uma jararaca de estimação no bolso.

Dica: na Piazza del Colosseo há diversos restaurantes com vista privilegiada para o dito cujo, onde se pode comer bem sem gastar muito. 
Depois de comer, voltamos para o hotel. Esgotados, desmaiamos num sono gostoso, sabendo que ainda teríamos mais 15 dias tão incríveis quanto este.

domingo, 4 de abril de 2010

Roma: Dia 1. Chegada.


Depois de vários meses de enrolação, começamos a destrinchar o roteiro das nossas férias. Impressões? Para resumir: viajar é mágico. Para mim foram várias primeiras vezes de uma só vez: primeira vez que subi num avião (tirando o ultraleve em Monte Verde, vai), primeira vez que saí do país. Nada mal pra desvirginar o passaporte. Passamos quase todo o mês de abril sem trégua, batendo perna por Roma, Paris e Barcelona no melhor estilo "posso descansar quando morrer". Espero que nossas dicas possam ajudar outras pessoas interessadas em fazer essa viagem.

Embarcamos na noite do dia 2 de abril, sexta-feira, para Paris via AirFrance, onde pegaríamos outro avião para Roma. Nosso voo atrasou e, quando chegamos lá, o outro já tinha partido! Se você for de AiFrance, prepare-se, a companhia dá dessas. No aeroporto Charles DeGaulle, esperamos sentados outra partida pra Itália. Quando chegamos a Roma, já era noite, ou seja, perdemos o sábado. :-(

Metrô de Roma.

A primeira impressão não foi boa. O aeroporto Fiumicino, em Roma, é ligado a uma estação de trem onde um funcionário fumava dentro da cabine do caixa (eca). De lá, pegamos o trem para a estação Termini, uma espécie de estação Sé (metrô de São Paulo), onde as linhas de trem e metrô se encontram. O lugar todo, aliás, tem pinta de Sampa: feioso, feito de concreto e cheio de gente apressada. Tivemos a impressão de ter desembarcado na cidade errada. Estação enorme, mal sinalizada e mal servida de escadas: lá fomos nós arrastando mala de rodinha pra cima e pra baixo, procurando onde comprar passagens de ônibus. Você não encontra máquinas nem bilheterias. Uma funcionária de limpeza muito prestativa, mas que não falava um nada de inglês (assim como não falamos nada de italiano), conseguiu nos explicar que só poderíamos comprar as passagens numa tabacaria dentro da estação. E toca descer e subir escadas de novo em busca da dita.

O transporte público em Roma é bastante precário em comparação ao de outras capitais e cidades turísticas europeias. O bilhete de transporte romano serve para ônibus, metrô e tram, mas não para o trem que vem e vai do aeroporto. Há bilhetes válidos por 1, 3 ou 7 dias, com número ilimitado de viagens. Podem ser comprados em tabacarias e revistarias. Só depois de fazer a viagem descobrimos o site Dicas de Roma, com um fórum onde os usuários explicam tudo o que você precisa saber e mais um pouco. Fica a dica. ;-)

Finalmente embarcados com um batalhão de turistas e malas. No trem, conhecemos um casal de noruegueses que explicou que sempre que possível desciam para o sul, pois qualquer calorzinho para eles é lucro, já que na gelada Noruega a diversão se resume a comer, beber e fumar. A gente morrendo de frio e eles com camisas leves. Europeus...

Sair de um metrô no meio de uma cidade que você não conhece e onde não há ninguém esperando para mostrar como tudo funciona é sempre muito curioso. Não reservamos traslado, nos viramos sozinhos. Subimos da estação de metrô Bologna, no meio da noite, para uma vizinhança silenciosa onde tudo estava fechado e ficamos em estado de alerta, andando com anotações e mapas o tempo todo.

Hotel Fenix visto da Via Nomentana.
A impressão de estar em São Paulo já era. Vizinhança bonita, arborizada, quieta, com carros de todo tipo estacionados nas ruas em plena noite como se os donos nunca tivessem ouvido falar em roubo. Ali ficava o ótimo Hotel Fenix (via Gorizia, 5), onde tínhamos reserva. Fomos bem atendidos por funcionários fluentes em inglês que te tratam como se você fosse um velho amigo, principalmente Simona e Massimiano, nossos xodós. Pedimos comida no quarto - quentinho, por conta das janelas hermeticamente fechadas que também teríamos em Paris -  e desmaiamos. Minha primeira noite fora do Brasil.


Casarões na Via Nomentana.

Curiosidade: o Hotel Fenix fica na esquina da Via Gorizia com a Via Nomentana, uma das grandes estradas da Roma Antiga que levavam da capital para o resto do mundo conhecido. Vias como essa partiam das portas da cidade, que acabou vazando pelas muralhas. A Nomentaba hoje é uma avenida chique que abriga belos casarões e as tais villas italianas. O Fenix é um edifício bem novo e, como chegamos antes da alta temporada, ficar lá foi mais barato do que parece. Lugar bonito, aconchegante, com banheira, ótimo atendimento, café da manhã generoso e cardápio legal no seviço de quarto se você pedir o rango até as 22 horas. Olha o Hotel Fenix no Google Street View.

Valeu a pena ficar lá! Mas, se quiser economizar de verdade, básico: vá de albergue.

A seguir: Coliseu, Palatino e Centro Velho.

sábado, 3 de abril de 2010

Roma, Paris e Barcelona



Este vídeo mostra um pouco de como foi nossa viagem pela Europa. Mais para frente iremos falar com detalhes como foi viajar por Roma, Paris e Barcelona. Aguarde novas "postagens"!