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segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Lyon: Dia 3. Croix-Rousse, Saône e Santa Blandina.

Painel em um paredão inteiro no bairrode Croix-Rousse, em Lyon.
Resolvemos andar pelo "nosso" bairro nesse dia nublado. Lá, encontramos um dos famosos painéis de Lyon. Tá vendo a imagem acima? Essa escadaria, as pessoas e até as janelas do prédio são todas de mentira. É uma das muitas pinturas de aparência realista que retratam cenas cotidianas na cidade em paredões como esses. Ao vivo você até percebe o que é ou não real, mas na foto a distinção é quase zero.

Mais uma imagem da pintura. O que a enriquece são detalhes como um gato numa janela, um jornal na mão de um transeunte...  além das formas despretensiosas.
Sim... é uma pintura! Até as calhas do prédio são pintadas.
Só quando você chega perto da imagem consegue ver que se trata de um desenho.
De lá, resolvemos ir novamente até o rio Saône, porque há muito para ver em torno dele. No caminho, passamos pelo Forte Saint-Jean, construído no alto de um penhasco no século XVI, e por um parque que tinha vista para o rio, de onde se podia descer ziguezagueando por ruas pitorescas..

Igreja em Croix-Rousse.
Forte Saint-Jean
Detalhes dos muros do forte, voltado para o Saône.
Parque com vista para a cidade e o rio.
Uma bonita vista da cidade.
Igreja de Saint-Georges à margem do Saône.
Depois, pegamos o metrô para ir até o bairro La Confluence, na confluência dos rios Rhône e Saône. Lá, ficam alguns edifícios modernos, projetados para serem sustentáveis. Só que a gente meio que se perdeu e, em vez de entrar pelas ruas onde ficam esses prédios, acabamos fazendo um caminho meio sem graça, na parte industrial do bairro. Comemos umas tortinhas de legumas numa padaria e, no final, atravessamos uma ponte e caímos na outra margem. Só de lá conseguimos observar, mas ou menos, os tais prédios modernosos.

Arquitetura de La Confluence.
Prédios residenciais e comerciais se misturam aqui. Há um shopping, cinemas e academias de ginástica.
Na margem oposta do rio, uma área bem antiga, encontramos este convento abandonado. Ficamos imaginando histórias sobre ele...
Igreja de Sainte-Blandine.
De lá, fomos andando até a Igreja de Sainte-Blandine. Blandina foi uma das mártites de Lyon do tempo em que os adeptos do cristianismo eram perseguidos pelas autoridade romanas. Na época (ano 177 d.C.) era ilegal ser cristão, e a escrava Blandina foi presa junto com seu mestre, também cristão, e mais uma galera. Todos foram torturados e jogados às feras no Anfiteatro das Três Gálias, menor que aqueles que a gente viu... e que só descobrimos que existia DEPOIS de termos deixado Lyon. Legal. E nem era longe do nosso hotel. O pior é que tínhamos um guia bem detalhado de todas as coisas que a cidade tinha a oferecer. Mas eram TANTAS que às vezes foi difícil escolher...

Mas não ver esse anfiteatro ainda foi melhor que vê-lo do jeito que a Blandina viu. E o lugar parece hoje apenas um pedacinho de terra com uns tecos de arquibancada, cercado por uma grade. Nem impressiona o visitante. É ponto de interesse só para gente boba como nós que baba em um tijolo se você disser que ele tem 2 mil anos de idade.

O interior da igreja é em estilo românico, o que significa que é da Idade Média, o período anterior ainda ao gótico. Mas não conseguimos descobrir o ano exato de sua fundação.
Bonito vitral de Sainte-Blandine.
Mosaico medieval no chão.

Interior da igreja.
Resolvemos terminar o dia andando pelo centro comercial na região da Place Bellecour, onde tem edifícios antigos, lojas, cinemas, restaurantes etc. Fomos à Fnac ver livros (sempre um ótimo programa, mesmo que você não compre nenhum), comemos uma pizza e depois voltamos ao hotel para descansar.

Carrossel e espelho de água na Rue de la République.
Amanhã tem museu de cinema e miniaturas, iei!

Um comentário:

  1. Nossa, como uma cidade grande pode ser ao mesmo tempo tão moderna e conseguir preservar a sua história? Só na Europa, mesmo, onde cada esquina tem um segredo esperando pra ser descoberto! Lindo post!!

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